“Estamos a ser discriminados no mercado de trabalho na Guiné-Bissau, somos guineenses, e estamos a ter dificuldades em conseguir emprego devido a esta situação da língua francesa e inglesa”, disse Amiel de Carvalho.
“Eu, por exemplo, estudei num país francófono e falo fluentemente o francês, mas sinto discriminação, porque no meu país se deve falar a língua portuguesa e não a francesa“, sublinhou.
Para Amiel de Carvalho, às empresas que se instalam na Guiné-Bissau devia ser exigida a tradução de todos os documentos para português, porque o “povo guineense precisa de entender”.
“Eu trabalhei nove anos num banco e deparei-me com essa situação. Era tudo em francês. O extrato bancário está em francês. Eu não posso ser lusófono para depois interpretar o extrato da minha conta bancária, do meu dinheiro, em francês”, afirmou.